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Artistas negras nas artes plásticas: um panorama de expressão e resistência

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A arte é uma forma de comunicação, de expressão e de resistência. E ao longo da história, muitas artistas negras usaram a arte como uma ferramenta para afirmar suas identidades, denunciar as opressões e celebrar suas culturas. Portanto, neste artigo, vamos conhecer algumas artistas negras, brasileiras e estrangeiras, que se destacaram no campo das artes plásticas e visuais.

Artistas negras nas artes plásticas no Brasil

O Brasil é um país rico em diversidade cultural e racial, mas também marcado pelo racismo e pela desigualdade. Por causa disso, as artistas negras brasileiras nas artes plásticas enfrentaram e enfrentam diversos obstáculos para terem seu trabalho reconhecido e valorizado. Apesar disso, elas produziram e produzem obras de grande relevância e originalidade, que refletem suas vivências, suas lutas e suas ancestralidades.

Uma das pioneiras foi Maria Auxiliadora da Silva (1935-1974), que pintava cenas do cotidiano afro-brasileiro com cores vibrantes e traços simples. Diante disso, ela retratava o trabalho, a religiosidade, a música, a dança e a natureza de forma poética e autêntica. Agora, outra referência é Rosana Paulino (1967), que utiliza diversas técnicas, como gravura, desenho, instalação e bordado, para abordar temas como o racismo, o sexismo, a violência e a memória. Além disso, ela é a primeira artista negra a conquistar o mercado de arte em vida no Brasil.

Outras artistas negras brasileiras que merecem destaque são: Renata Felinto (1978), que explora em suas obras a identidade negra feminina e seu papel na sociedade; Sonia Gomes (1948), que trabalha com tecidos, fios, cordas e objetos encontrados, criando formas orgânicas e simbólicas; e Mônica Ventura (1973), que utiliza materiais reciclados, como papelão, plástico e metal, para construir esculturas que remetem à cultura afro-brasileira.

Artistas negras internacionais

As artistas negras internacionais também têm uma trajetória marcada por desafios e conquistas. Isso porque, elas enfrentaram o preconceito, o racismo, a segregação e a invisibilidade em um campo dominado por homens brancos. Além disso, elas também se inspiraram em suas raízes, em suas histórias e em suas lutas para criar obras de arte impactantes e significativas.

Uma das precursoras, por exemplo, foi Laura Wheeler Waring (1887-1948), uma artista americana que se destacou por seus retratos de personalidades negras americanas, como Marian Anderson, a primeira estrela da ópera americana. Além disso, ela foi uma ativista pelos direitos civis e pela educação artística. Outra pioneira, por sua vez, foi Loïs Mailou Jones (1905-1998), uma pintora americana que mesclou influências impressionistas, africanas e caribenhas em suas obras. Adicionalmente, ela também foi premiada por seu trabalho como poetisa.

Outras artistas negras internacionais que se destacaram nas artes plásticas e que merecem destaque são: Barbara Chase-Riboud (1939), uma escultora americana que criou obras abstratas modernas com metal e fibra; Mickalene Thomas (1971), uma artista americana que utiliza pintura, fotografia e colagem para representar mulheres negras em poses sensuais e poderosas; Elizabeth Catlett (1915-2012), uma escultora e gravurista americana-mexicana que retratou as lutas e as conquistas das mulheres negras.

A arte das mulheres negras é uma arte de resistência, de expressão e de beleza. Pois, ela revela as múltiplas facetas da experiência negra feminina, suas dores e suas alegrias, suas tradições e suas inovações, suas vozes e seus silêncios. Além do mais, é uma arte que merece ser conhecida, apreciada e valorizada.

Andreia Melo

Andreia Melo

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