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Assédio no trabalho e o caso Rafaela Drummond

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O suicídio da escrivã Rafaela Drummond, de 32 anos, no último final de semana, chocou o país e trouxe à tona um grave problema que afeta milhares de mulheres no ambiente de trabalho: o assédio moral e sexual. De acordo com relatos de familiares e amigos, Rafaela sofria constantes humilhações e constrangimentos na delegacia em Carandaí (MG), onde era lotada. Diante disso, ela acabou cometendo suicídio, segundo a polícia.

O que é assédio moral e sexual no trabalho?

De acordo com a cartilha do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o assédio moral e sexual no trabalho são diferentes. Enquanto o assédio moral visa a eliminação da vítima do mundo do trabalho pelo terror psicológico, por outro lado o assédio sexual é caracterizado pela conduta que objetiva o prazer sexual de várias formas. Nesse caso, causando constrangimento e afetando a dignidade da vítima. Além disso, a prática desses crimes é frequente tanto na iniciativa privada quanto nas instituições públicas, e efetivamente fortalece a discriminação no trabalho, a manutenção da degradação das relações de trabalho e a exclusão social.

Quais são as consequências do assédio no trabalho?

O assédio moral e sexual no trabalho traz sérios danos à saúde física e mental das vítimas, uma vez que pode causar depressão, ansiedade, estresse, baixa autoestima, isolamento social, insônia, doenças psicossomáticas, entre outros problemas. Não só isso, este crime prejudica o desempenho profissional das vítimas, que podem perder a motivação, a criatividade, a produtividade e a confiança em seu trabalho. Em consequência disso, em casos extremos, como o de Rafaela Drummond, o assédio pode levar ao suicídio.

Como combater este tipo de crime?

A princípio, o combate ao assédio moral e sexual no trabalho exige uma atuação conjunta de vítimas, testemunhas, empregadores e órgãos competentes. Assim, algumas dicas para enfrentar esse problema são:

Denunciar: se você sofre ou presencia uma situação de assédio no trabalho, não se cale. Primeiramente, procure ajuda de pessoas de confiança, como familiares, amigos ou colegas. Em seguida, registre as provas do assédio, como mensagens, gravações ou documentos. Por fim, busque orientação jurídica e faça uma denúncia formal ao Ministério Público do Trabalho ou à Justiça do Trabalho.

Prevenir: se você é empregador ou gestor, adote medidas preventivas para evitar o assédio no trabalho. Para isso, crie um código de conduta ética que proíba expressamente qualquer forma de violência no ambiente laboral. Além disso, estabeleça canais de comunicação para receber e apurar as denúncias de assédio. Também, promova campanhas de conscientização e capacitação sobre o tema. Por último, aplique sanções aos agressores e proteja as vítimas.

Apoiar: se você é testemunha ou conhece alguém que sofre assédio no trabalho, ofereça apoio emocional e prático à vítima. Nesse sentido, não se omita nem se alie ao agressor. Ao contrário, manifeste sua solidariedade e incentive a vítima a denunciar o assédio. Além disso, se possível, testemunhe em favor da vítima em um processo judicial.

Enfim, o caso Rafaela Drummond é um alerta para a sociedade sobre a gravidade do assédio moral e sexual no trabalho. Portanto, é preciso romper o silêncio e a impunidade que cercam esse problema e garantir o respeito, a dignidade e a segurança de todas as mulheres no ambiente de trabalho.

Andreia Melo

Andreia Melo

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