Câncer de intestino e reto: um alerta para a prevenção.

Junte-se aos mais de 2,5 mil mulheres

Inscreva-se em nossa newletter

O câncer de intestino e reto é um dos tipos de câncer mais comuns no Brasil e no mundo, afetando tanto homens quanto mulheres. No entanto, muitas pessoas desconhecem os fatores de risco, os sintomas e a importância do diagnóstico precoce dessa doença. Neste artigo, vamos abordar as características do câncer de intestino e reto nas mulheres e como prevenir e tratar esse problema.

O que é o câncer de intestino e reto?

O câncer de intestino e reto é um tumor maligno que se origina na parte final do sistema digestivo, chamada de intestino grosso. O intestino grosso é formado pelo cólon (que se divide em ascendente, transverso, descendente e sigmoide) e pelo reto (que termina no ânus). O câncer de intestino e reto também é chamado de câncer colorretal ou de cólon e reto.

A maioria dos casos de câncer de intestino e reto se desenvolve a partir de lesões benignas chamadas pólipos, que são pequenos crescimentos na parede interna do intestino. Alguns tipos de pólipos, como os adenomatosos e os serrilhados, podem sofrer alterações genéticas ao longo do tempo e se transformar em câncer. Esse processo pode levar anos ou décadas.

O câncer de intestino e reto é uma doença tratável e curável quando detectada precocemente, antes que se espalhe para outros órgãos. Por isso, é fundamental realizar exames periódicos para identificar e remover os pólipos antes que eles se tornem malignos.

Quais são os fatores de risco para o câncer de intestino e reto nas mulheres?

Os fatores de risco para o câncer de intestino e reto nas mulheres são semelhantes aos dos homens, mas alguns merecem destaque:

  • Idade: o risco aumenta com o avançar da idade, sendo mais comum a partir dos 50 anos.
  • Histórico familiar: ter parentes próximos (pais, irmãos ou filhos) com câncer de intestino e reto ou com pólipos aumenta o risco da doença.
  • Doenças inflamatórias intestinais: ter doença de Crohn ou retocolite ulcerativa aumenta o risco da doença.
  • Síndromes genéticas: ter síndrome de Lynch ou polipose adenomatosa familiar aumenta o risco da doença.
  • Estilo de vida: ter uma alimentação pobre em fibras e rica em gorduras, carnes vermelhas e processadas, fumar, consumir álcool em excesso, ser sedentária e ter sobrepeso ou obesidade são fatores que aumentam o risco da doença.

Quais são os sintomas do câncer de intestino e reto nas mulheres?

Os sintomas do câncer de intestino e reto nas mulheres podem variar de acordo com a localização e o tamanho do tumor. Alguns dos sintomas mais comuns são:

  • Alteração do hábito intestinal: diarreia ou prisão de ventre persistentes, fezes muito finas ou com sangue.
  • Dor ou desconforto abdominal: cólicas, gases ou sensação de inchaço.
  • Perda de peso inexplicada.
  • Fraqueza ou anemia.
  • Sensação de evacuação incompleta quando vai ao banheiro.

É importante ressaltar que esses sintomas podem ser causados por outras condições benignas, como hemorroidas, fissuras anais ou infecções intestinais. Por isso, é recomendado procurar um médico caso os sintomas persistirem.

Como prevenir e tratar o câncer colorretal nas mulheres?

A prevenção do câncer de intestino e reto nas mulheres envolve a adoção de hábitos saudáveis, como:

  • Ter uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras, legumes e cereais integrais, que são fontes de fibras e antioxidantes.
  • Evitar o consumo excessivo de carnes vermelhas e processadas, que são fontes de gorduras saturadas e nitritos.
  • Moderar o consumo de álcool e evitar o tabagismo, que são fatores que aumentam a inflamação e a produção de radicais livres no organismo.
  • Praticar atividade física regularmente, que ajuda a controlar o peso, o colesterol e a glicose, além de fortalecer o sistema imunológico.
  • Manter um peso adequado para a altura, evitando o sobrepeso e a obesidade, que estão associados a um maior risco de vários tipos de câncer.

Além disso, é fundamental realizar exames de rastreamento para detectar precocemente o câncer de intestino e reto ou os pólipos que podem se transformar em câncer. Os principais exames são:

  • Pesquisa de sangue oculto nas fezes: consiste em coletar uma amostra de fezes e analisá-la em laboratório para verificar a presença de sangue não visível a olho nu. As pessoas devem realizar o exame anualmente a partir dos 50 anos, ou antes se houver fatores de risco
  • Colonoscopia: consiste em introduzir um tubo flexível com uma câmera na ponta pelo ânus e examinar todo o intestino grosso. Permite identificar e remover os pólipos durante o procedimento. As pessoas devem realizar o exame a cada 10 anos a partir dos 50 anos, ou antes se houver fatores de risco.
  • Retossigmoidoscopia: consiste em introduzir um tubo flexível com uma câmera na ponta pelo ânus e examinar apenas o reto e a parte final do cólon. Permite identificar e remover os pólipos durante o procedimento. As pessoas devem fazer a cada 5 anos a partir dos 50 anos, ou antes se houver fatores de risco.

O tratamento do câncer depende do estágio da doença, da localização do tumor, da idade e das condições clínicas da paciente. As principais modalidades de tratamento são:

  • Cirurgia: consiste em remover o tumor e parte do intestino afetado, podendo ser necessário fazer uma colostomia (abertura na parede abdominal para eliminar as fezes) temporária ou permanente.
  • Quimioterapia: Administra-se medicamentos que atuam sobre as células cancerígenas, podendo utilizá-los antes ou depois da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor ou eliminar possíveis células remanescentes.
  • Radioterapia: Aplica-se radiação sobre o tumor para destruir as células cancerígenas, podendo utilizá-la antes ou depois da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor ou eliminar possíveis células remanescentes.
  • Imunoterapia: Administra-se medicamentos que estimulam o sistema imunológico a reconhecer e combater as células cancerígenas, podendo utilizá-los em casos avançados ou resistentes aos outros tratamentos.

O prognóstico da doença depende do estágio do câncer, da resposta ao tratamento e das condições clínicas da paciente. Quanto mais cedo diagnosticarmos e iniciarmos o tratamento, maiores são as chances de cura.

As mulheres podem prevenir e tratar com sucesso o câncer de intestino e reto se diagnosticarem a doença precocemente. Por isso, é importante estar atenta aos sintomas, aos fatores de risco e aos exames de rastreamento. Essas medidas podem reduzir o risco de desenvolver vários tipos de câncer, incluindo o de intestino e reto. Lembre-se: a sua saúde é o seu maior bem. Cuide-se e consulte o seu médico regularmente.

Andreia Melo

Andreia Melo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *