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A invisibilidade das mães no mercado de trabalho

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A maternidade é uma experiência que traz muitas alegrias, mas também muitos desafios para as mulheres que desejam conciliar a carreira e a família. Muitas vezes, elas se deparam com situações de preconceito, discriminação e exclusão no mercado de trabalho, que dificultam ou impedem o seu desenvolvimento profissional. Essas situações revelam a invisibilidade das mães no mercado de trabalho, que são vistas como menos capazes, menos comprometidas ou menos disponíveis do que os homens ou as mulheres sem filhos. Neste artigo, vamos abordar as causas, as consequências e as possíveis soluções para esse problema.

As causas da invisibilidade das mães no mercado de trabalho

A invisibilidade das mães no mercado de trabalho tem origem em uma sociedade patriarcal, que atribui às mulheres o papel de cuidadoras da família e aos homens o papel de provedores. Essa divisão sexual do trabalho gera uma desigualdade de gênero, que se reflete nas relações sociais, econômicas e culturais. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), as mulheres dedicam em média 4,5 horas por dia ao trabalho doméstico e de cuidados não remunerado, enquanto os homens dedicam apenas 1,8 hora. Essa sobrecarga de tarefas impede que as mulheres tenham o mesmo tempo e as mesmas condições que os homens para se qualificar, se candidatar ou se manter em um emprego.

Além disso, muitas empresas ainda têm uma cultura organizacional machista, que valoriza mais os homens do que as mulheres e reproduz estereótipos e preconceitos sobre a maternidade. Muitos empregadores consideram que as mães são menos produtivas, menos flexíveis ou menos leais à empresa do que os pais ou as mulheres sem filhos. Por isso, elas são frequentemente excluídas dos processos seletivos, demitidas após a licença-maternidade, rebaixadas de cargo ou salário, impedidas de ascender na carreira ou submetidas a situações de assédio moral.

As consequências da invisibilidade das mães no mercado de trabalho

A invisibilidade das mães no mercado de trabalho traz graves consequências para as mulheres, para as famílias e para a sociedade. Para as mulheres, significa uma perda de autonomia financeira, de autoestima, de identidade profissional e de realização pessoal. Muitas mães se sentem frustradas, culpadas ou infelizes por não conseguirem conciliar a carreira e a família ou por terem que abrir mão de uma delas. Além disso, elas ficam mais vulneráveis à pobreza, à violência doméstica e à dependência econômica dos parceiros.

Para as famílias, significa uma redução da renda familiar, da qualidade de vida e do bem-estar dos filhos. Muitas famílias sofrem com a falta de recursos para suprir as necessidades básicas, como alimentação, saúde, educação e moradia. Ademais disso, os filhos das mães que trabalham fora têm mais chances de ter um melhor desempenho escolar. Como também uma maior autoconfiança e uma menor probabilidade de envolvimento com drogas ou violência.

Para a sociedade, significa um desperdício de talento humano, uma diminuição da produtividade econômica e uma perpetuação da desigualdade social. Segundo o Banco Mundial, se as mulheres tivessem as mesmas oportunidades de trabalho que os homens, o Produto Interno Bruto (PIB) mundial poderia aumentar em até 20%. Além disso, a participação das mulheres no mercado de trabalho contribui para o desenvolvimento sustentável, a redução da pobreza, a promoção dos direitos humanos e a democracia.

As possíveis soluções para entrar no mercado de trabalho

A invisibilidade das mães no mercado de trabalho é um problema complexo e multifatorial, que exige ações conjuntas e coordenadas de diversos atores sociais. Como o Estado, as empresas, os sindicatos, as organizações não governamentais, os meios de comunicação e a própria sociedade civil. Algumas possíveis soluções para esse problema são:

  • Implementar políticas públicas que garantam os direitos das mulheres trabalhadoras. Tais como a licença-maternidade e paternidade, a creche pública, a educação infantil, a saúde reprodutiva e a proteção contra a discriminação e o assédio.
  • Promover a igualdade de gênero nas empresas. Por meio de programas de diversidade, de treinamento, de avaliação de desempenho, de plano de carreira e de remuneração justa.
  • Incentivar a corresponsabilidade dos pais no cuidado dos filhos. Por meio de campanhas de conscientização, de educação para a paternidade ativa e de flexibilização da jornada de trabalho.
  • Combater os estereótipos e os preconceitos sobre a maternidade. Por meio da educação, da informação, da sensibilização e da valorização das mães no mercado de trabalho.

A invisibilidade das mães no mercado de trabalho é um desafio que precisa ser enfrentado por todas as pessoas que defendem uma sociedade mais justa, mais democrática e mais humana. As mães são mulheres, são profissionais e são cidadãs. Elas merecem respeito, reconhecimento e oportunidades. E têm o direito de serem vistas e ouvidas.

Andreia Melo

Andreia Melo

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