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Julho das Pretas: uma celebração da resistência e do poder das mulheres negras

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O mês de julho marca por uma série de atividades que visam dar visibilidade e reconhecimento à luta das mulheres negras por igualdade, justiça e direitos. Trata-se do “Julho das Pretas”, uma ação de incidência política e agenda conjunta e propositiva com organizações e movimento de mulheres negras do Brasil, voltada para o fortalecimento da ação política coletiva e autônoma das mulheres negras nas diversas esferas da sociedade.

O Julho das Pretas foi criado em 2013, pelo “Odara – Instituto da Mulher Negra”, e celebra o 25 de Julho, Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latina Americana e Caribenha, instituído em 1992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingos, República Dominicana.

Conheça o movimento que busca fortalecer a ação política coletiva e autônoma das mulheres negras no Brasil e na América Latina.

Primeiramente, o movimento tem como objetivo resgatar a história e as contribuições dessas mulheres no cenário social, político, acadêmico, artístico entre outros. Sobretudo, depois a cultura hegemônica europeia apagou a participação das mulheres negras. Além disso, o Julho das Pretas busca denunciar as violências e as desigualdades que as mulheres negras enfrentam diariamente. Ou seja, o racismo, o machismo, a pobreza, a violação dos direitos sexuais e reprodutivos, o feminicídio, entre outras formas de opressão.

Juntamente com isso, o Julho das Pretas também é inspirado na história de mulheres negras que lutaram pela liberdade e independência de seu povo. Como por exemplo “Tereza de Benguela” e “Dandara dos Palmares”, que lideraram quilombos e resistiram à escravidão no Brasil colonial. Logo, essas mulheres são exemplos de força, coragem e resistência para as gerações atuais e futuras de mulheres negras.

O Instituto Viver Periferia promove Julho das Pretas com programação cultural artística e feira de empreendedorismo sustentável.

O Viver Periferia, através da sua fundadora e presidenta, Leila Palheta, atua na promoção da cultura, da educação, da cidadania e dos direitos das mulheres negras e comunidades periféricas de Belém. Do mesmo modo, entre as suas ações, está a realização do “Julho das Pretas”, um evento que busca valorizar a identidade, a história e a luta das mulheres negras das periferias de Belém.

“O Julho das Pretas vem para destacar nossa luta contra o racismo e o machismo, principalmente nas periferias e para mostrar o potencial das mulheres negras aqui da nossa Amazônia”, ressalta Leila Palheta.

Esta é a segunda edição do “Julho das Pretas”, promovido pelo Instituto Viver Periferia. Em 2022, o evento passou por várias localidades na Região Metropolitana de Belém.

Agora veja a programação do Julho das Pretas 2023

Para dar início à Campanha Julho das Pretas, no dia 1 de julho, acontecerá um evento com o tema “Mulher e o Clima”, na Concha Acústica da Orla de Icoaraci, distrito de Belém, a partir das 17h. A princípio, duas mulheres negras farão a abertura da programação: a empreendedora social e fundadora do Instituto Viver Periferia, Leila Palheta, e Mãe Juci D’Oyá. Em seguida, as atividades se estenderão por vários locais de Belém ao longo do mês de julho. Além disso, nas redes sociais, haverá ações para prevenir e combater o feminicídio, o racismo e qualquer tipo de violência contra as mulheres negras.

Neste primeiro dia a programação contará com uma feira ecologicamente sustentável e apresentações musicais de Glaice Cravo e Grupo Fogoyó.

O evento conta com apoio da ADIC (Agência Distrital de Icoaraci), Acarajé Mãe Jucy de Oyá e o Vida & Mulher. Te esperamos lá!

Andreia Melo

Andreia Melo

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