A menopausa é uma fase da vida das mulheres que traz muitas mudanças físicas e emocionais. Uma das mais comuns e incômodas é a onda de calor, uma sensação de calor intenso que pode durar de alguns segundos a vários minutos. Mas qual é a frequência e a intensidade desses episódios nas mulheres brasileiras?
Frequência e intensidade das ondas de calor durante as transformações corporais e emocionais
Um estudo da revista Menopause revela que um terço das brasileiras sofrerá ondas de calor moderadas ou graves durante a menopausa. O estudo avaliou dados de mais de 12 mil mulheres de 40 a 65 anos em sete países, incluindo Brasil, México, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia. De acordo com os dados, 15,6% das mulheres que participaram do estudo tinham sintomas de intensidade moderada a grave. No entanto, esse número foi bem maior nas brasileiras (36,2%, ou seja, um em cada três casos) do que nas nórdicas (11,6%).
Além disso, o estudo também mostrou que os fogachos afetaram a produtividade no trabalho em até 30% das situações, e que os sintomas foram mais severos no que diz respeito ao sono. Uma das possíveis causas para as mulheres brasileiras terem sintomas mais fortes do que as nórdicas é a variação de temperatura entre os países, avalia Rogério Bonassi Machado, que é um dos autores do estudo, presidente da Sociedade Brasileira do Climatério (Sobrac) e professor na Faculdade de Medicina de Jundiaí.
Tratamentos eficazes para as mudanças físicas e emocionais
A menopausa causa ondas de calor que geralmente duram de três a quatro anos, desaparecendo sozinhas, mas, em casos raros, persistem por mais de uma década. A forma mais eficaz, segura e indicada de tratar os sintomas é a terapia de reposição hormonal (reposição de estrogênio). O ginecologista Sérgio Podgaec do Hospital Israelita Albert Einstein afirma que a terapia, aplicada em gel, adesivos ou via oral, alivia significativamente os sintomas vasomotores.
